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Referência Debian
Capítulo 3 - Dicas para instalação do Sistema Debian


A documentação oficial para instalação da Debian se encontra em http://www.debian.org/releases/stable/, e http://www.debian.org/releases/stable/installmanual.

As versões em desenvolvimento são encontradas em http://www.debian.org/releases/testing/, e http://www.debian.org/releases/testing/installmanual (trabalho em progresso, pode algumas vezes não existir).

Embora este capítulo tenha sido inicialmente escrito nos dias do lançamento do instalador da Potato, a maior parte dos seus conteúdos foi atualizada para o instalador do Woody e são instaladores muito similares. Como o Sarge usará um instalador totalmente novo, por favor, use isso como ponto de referência para o instalador do Sarge.


3.1 Dicas para instalação de sistemas Linux em geral

Não esqueça de conferir http://www.debian.org/CD/netinst/ se você está procurando uma imagem de CD compacto para o instalador Debian.

Usar os sabores testing ou unstable do Debian aumenta o risco de ter bugs sérios. O risco pode ser gerenciado implementando um esquema de multi-inicialização com um sabor mais estável do Debian ou implementando o truque legal do chroot com o mais estável como descrito em chroot, Seção 8.6.34. O último permitirá que você execute diferentes sabores do Debian simultaneamente em consoles diferentes.


3.1.1 O básico sobre a compatibilidade de hardware

Linux é compatível com o hardware de muitos PC's e pode ser instalado frequentemente em qualquer sistema. Para mim foi tão fácil quanto instalar Windows 95/98/Me. E a lista de hardwares compatíveis parece continuar crescendo.

Se você tem um PC portátil (laptop), confira Linux on Laptops para instalação dos ponteiros (pointers) por marca e modelo.

Minha recomendação sobre hardware para PC de mesa (desktop) é "Apenas seja conservador":

Se você tem uma máquina lenta, tirar fora o disco rígido e colocá-lo em outra máquina mais rápida é uma boa idéia.


3.1.2 Determinando hardware e chip set de um PC

Durante a instalação, lhe será pedido que identifique o hardware ou chip set do PC. Às vezes esta informação pode não parecer fácil de encontrar. Aqui vai um método:

  1. Abra o gabinete de seu PC e dê uma olhada dentro.
  2. Anote os códigos de identificação dos chips grandes na placa de vídeo, placa de rede, chip próximo às portas seriais, chip próximo às portas IDE.
  3. Anote o número de cartões impressos no verso das placas PCI e ISA.

3.1.3 Determinando o hardware de um PC via Debian

Os comandos a seguir devem dar alguma idéia da configuração e hardware presentes num sistema Linux.

     $ lspci -v |pager
     $ pager /proc/pci
     $ pager /proc/interrupts
     $ pager /proc/ioports
     $ pager /proc/bus/usb/devices

Estes comandos podem ser rodados durante o processo de instalação num terminal virtual teclando Alt-F2.

Usos típicos de interrupções:

Para dispositivos USB, as classes de dispositivos são listadas em /proc/bus/usb/devices como Cls=nn:

Se a classe de um dispositivo não for 255, o Linux tem suporte ao dispositivo.


3.1.4 Determinando o hardware de um PC por meio de outros SO's

A informação sobre o hardware pode ser obtida a partir de outros SO's:

Instale outra distribuição comercial Linux. A detecção de hardware tende, por ora, a ser melhor nestas do que é na Debian. (Esta situação deve mudar assim que o debian-installer for introduzido com a Sarge.

Instale Windows. A configuração do hardware pode ser obtida pressionando o botão direito do mouse em "My Computer" para obter Propriedades / Gerenciador de Dispositivos. Anote todas as informações sobre os recursos tais como IRQ, endereço de porta I/O e DMA. Algumas placas ISA antigas podem precisar ser configuradas sob o DOS e usadas em conformidade.


3.1.5 Um mito sobre o Lilo

"O Lilo está limitado a 1024 cilindros." Errado!

O lilo mais recente, usado após a Debian Potato tem suporte a lba32. Se o BIOS de sua placa mãe é suficientemente recente para suportar lba32, o lilo deve ser capaz de carregar além da limitação do cilindro 1024.

Apenas certifique-se de adicionar a linha "lba32" em algum lugar próximo ao início de seu arquivo lilo.conf se você tem mantido um lilo.conf. antigo. Confira /usr/share/doc/lilo/Manual.txt.gz


3.1.6 GRUB

O novo carregador de inicialização grub do projeto GNU HURD pode ser instalado no sistema Debian Woody:

     # apt-get update
     # apt-get install grub-doc
     # mc /usr/share/doc/grub-doc/html/
     ... leia o conteúdo
     # apt-get install grub
     # pager /usr/share/doc/grub/README.Debian
     ... leia-o :)

Para editar o menu do GRUB, edite /boot/grub/menu.lst. Veja Definindo parâmetros de inicialização do GRUB, Seção 8.1.6 para saber como configurar os parâmetros de inicialização durante esta, pois é ligeiramente diferente da configuração do lilo.


3.1.7 Escolha dos disquetes de inicialização

Para Potato, gostava do conjunto de discos IDEPCI para instalação normal em um computador de mesa (desktop). Para Woody, gosto do conjunto de discos de inicialização bf2.4. Ambos usam uma versão de boot-floppies para criar os disquetes de inicialização.

Se você tem uma placa de rede PCMCIA, você precisa usar o conjunto padrão de discos de inicialização (o maior número de disquetes mas todos os módulos disponíveis) e configurar a NIC na configuração PCMCIA; não tente configurar uma placa NIC no diálogo de configuração padrão da rede.

Para sistemas especiais, você pode precisar criar um disco de recuperação otimizado. Isto pode ser feito substituindo a imagem do kernel denominada "linux" no disco de recuperação Debian sobrescrevendo-a com outra imagem comprimida do kernel compilada para a máquina fora do sítio (off-site). Detalhes são documentados em readme.txt no disco de recuperação. O disquete de recuperação usa o sistema de arquivos MS-DOS, assim você pode usar qualquer sistema para lê-lo e editá-lo. Isto deve tornar mais fácil a vida das pessoas com uma placa de rede especial, etc.

Para o Sarge, espera-se usar o debian-installer e/ou pgi para criar os disquetes de inicialização.


3.1.8 Instalação

Siga as instruções oficiais encontradas em http://www.debian.org/releases/stable/installmanual ou http://www.debian.org/releases/testing/installmanual (trabalho em progresso; pode, às vezes, não existir).

Se você está instalando um sistema usando os boot-floppies da distribuição testing, você pode precisar abrir um terminal durante a instalação pressionando Alt-F2 e edite manualmente as entradas de /etc/apt/sources.list, substituindo "stable" por "testing" para ajustar as fontes do APT.

Costumo instalar o lilo em lugares como /dev/hda3, e instalo mbr em /dev/hda. Isto diminui o risco de sobrescrever a informação de inicialização.

Aqui está o que escolho durante o processo de instalação.

Para mais informações sobre dselect, veja dselect, Seção 6.2.3.


3.1.9 Hosts e IP a usar para LAN

Exemplo de configuração de uma LAN (C subnet: 192.168.1.0/24):

     Internet
        |
        +--- ISP externo fornece serviço POP (acessado pelo fetchmail)
        | 
        ISP de ponto de acesso fornece serviço DHCP e retransmissão SMTP
        |                     :
       Cable modem         (Dialup)
        |                     :
     Porta externa da máquina gateway da LAN: eth0 (IP dado pelo DHCP do
     ISP)
      use PC portátil antigo (IBM Thinkpad, 486 DX2 50 MHz, 20MB RAM)
      rode kernel Linux 2.4 com sistema de arquivos ext3.
      rode o pacote "ipmasq" (com as correções (patch) mais fortes, NAT e
      firewall)
      rode o pacote "dhcp-client" configurado para eth0 (sobrescreve a
      configuração de DNS)
      rode o pacote "dhcp" configurado para eth1
      rode "exim" como e modo de host auxiliar (smarthost, mode 2)
      rode "fetchmail" em longos períodos (fallback)
      rode "bind" como o cache do servidor de nomes para a Internet a partir
                  da LAN
                  como servidor de nomes autoritativo para o domínio da LAN a
                  partir da LAN
      rode "ssh" na porta 22 e 8080 (conecte de qualquer lugar)
      rode "squid" como o servido de cache para o arquivo Debian (para APT)
     Porta interna da máquina gateway da LAN: eth1 (IP = 192.168.1.1, fixo)
                              |
              +--- LAN Switch (100base T) ---+
              |                              |
     Alguns clientes de IP fixos na LAN     Alguns clientes DHCP na LAN
     (IP = 192.168.1.2-127, fixo)    (IP = 192.168.1.128-200, dinâmico)

Veja Configuração de rede, Capítulo 10 para detalhes de configuração da rede. Veja Construindo um roteador gateway, Seção 10.12 para detalhes de configuração do servidor gateway da LAN.


3.1.10 Contas de usuário

Para manter a consistência entre diferentes máquinas, as primeiras contas são sempre as mesmas em meu sistema.

Sempre crio a primeira conta de usuário com um nome como "admin" (uid=1000). Eu reenvio todo email para o root para lá. Esta conta está associada ao grupo adm (veja "Por que o GNU su não suporta o grupo wheel", Seção 9.2.2), para o qual pode ser dado um grande número de privilégios root através do programa su usando PAM ou o comando sudo. Veja Adicionar uma conta de usuário, Seção 4.1.3 para detalhes.


3.1.11 Criando sistemas de arquivo


3.1.11.1 Partição do disco rígido

Eu prefiro usar partições diferentes em diferentes árvores de diretório para limitar o estrago numa eventual quebra do sistema. Por exemplo,

     /          == (/ + /boot + /bin + /sbin)
                == 50MB+
     /tmp       == 100MB+
     /var       == 100MB+
     /home      == 100MB+
     /usr       == 700MB+ com X
     /usr/local == 100MB

O tamanho do diretório /usr depende muito das aplicações do sistema X Window e da documentação. /usr/ pode ter 300MB se rodamos apenas um terminal console, enquanto 2GB–3GB não é um tamanho incomum se temos muitas aplicações Gnome instaladas. Quando /usr ficar muito grande, mover /usr/share/ para uma partição diferente é o remédio mais efetivo. Com os novos grandes kernels Linux 2.4 pré-empacotados, pode ser necessário mais do que 200MB.

Por exemplo, o estado atual de minha máquina gateway para Internet é o seguinte (saída do comando df -h):

     Filesystem            Size  Used Avail Use% Mounted on
     /dev/hda3             300M  106M  179M  38% /
     /dev/hda7             100M   12M   82M  13% /home
     /dev/hda8             596M   53M  513M  10% /var
     /dev/hda6             100M  834k   94M   1% /var/lib/cvs
     /dev/hda9             596M  222M  343M  40% /usr
     /dev/hda10            596M  130M  436M  23% /var/cache/apt/archives
     /dev/hda11            1.5G  204M  1.2G  14% /var/spool/squid

(A grande área reservada para /var/spool/squid/ é para um proxy cache dos pacotes baixados.)

Segue abaixo a saída de fdisk -l que fornece uma idéia da estrutura de particionamento:

     # fdisk -l /dev/hda # comentário
     
     /dev/hda1             1        41    309928+   6  FAT16 # DOS
     /dev/hda2            42        84    325080   83  Linux # (não usada)
     /dev/hda3   *        85       126    317520   83  Linux # Principal
     /dev/hda4           127       629   3802680    5  Extended
     /dev/hda5           127       143    128488+  82  Linux swap
     /dev/hda6           144       157    105808+  83  Linux
     /dev/hda7           158       171    105808+  83  Linux
     /dev/hda8           172       253    619888+  83  Linux
     /dev/hda9           254       335    619888+  83  Linux
     /dev/hda10          336       417    619888+  83  Linux
     /dev/hda11          418       629   1602688+  83  Linux

Há poucas partições não usadas. São para instalação de uma segunda distribuição Linux ou para expandir árvores de diretórios crescentes.


3.1.11.2 Montar sistema de arquivos

A montagem do sistema de arquivos acima é realizada corretamente com o seguinte /etc/fstab:

     
     # /etc/fstab: informação de sistema de arquivos estático
     #
     # file system   mount point     type    options                dump pass
     /dev/hda3       /               ext2    defaults,errors=remount-ro 0 1
     /dev/hda5       none            swap    sw                      0 0
     proc            /proc           proc    defaults                0 0
     /dev/fd0        /floppy         auto    defaults,user,noauto    0 0
     /dev/cdrom      /cdrom          iso9660 defaults,ro,user,noauto 0 0
     #
     # manter partições separadas
     /dev/hda7       /home           ext2    defaults                0 2
     /dev/hda8       /var            ext2    defaults                0 2
     /dev/hda6       /var/lib/cvs    ext2    defaults                0 2
     # noatime aumentará velocidade de acesso a arquivo para leitura
     /dev/hda9       /usr            ext2    defaults,noatime        0 2
     /dev/hda10      /var/cache/apt/archives ext2    defaults        0 2
     
     # partição muito grande para cache do proxy
     /dev/hda11      /var/spool/squid ext2   rw                      0 2
     
     # DOS inicializável de segurança (backup)
     /dev/hda1       /mnt/dos        vfat    rw,noauto               0 0
     # sistema Linux inicializável de segurança (backup) (não feito)
     /dev/hda2       /mnt/linux      ext2    rw,noauto               0 0
     #
     # montagens nfs
     mickey:/        /mnt/mickey     nfs     ro,noauto,intr          0 0
     goofy:/         /mnt/goofy      nfs     ro,noauto,intr          0 0
     # minnie:/ /mnt/minnie smbfs ro,soft,intr,credentials={filename} 0 2

Para NFS, uso noauto,intr combinada com a opção padrão hard. Deste modo, é possível safar-se de um processo congelado devido a uma conexão morta usando Ctrl-C.

Para uma máquina Windows conectada com Samba (smbfs), rw,auto,soft,intr pode ser uma boa idéia. Veja Configuração do Samba, Seção 3.5.

Para os disquetes, noauto,rw,sync,user,exec ao contrário previne contra a corrupção de arquivos após a ejeção acidental do disquete antes de desmontá-lo, mas isto retarda o processo de escrita.


3.1.11.3 Montagem autofs

Pontos chave para a montagem automática:


3.1.11.4 Montagem NFS

O servidor NFS Linux (goofy) fica atrás de um firewall (gateway). Eu tenho uma política de segurança bastante aberta em minha LAN já que sou eu o único usuário. Para permitir acesso NFS, o lado do servidor precisa adicionar a /etc/exports o seguinte:

     # /etc/exports: the access control list for file systems which may be
     #               exported to NFS clients.  See exports(5).
     /       (rw,no_root_squash)

Isto é necessário para ativar o servidor NFS, além de instalar e ativar os pacotes de servidor e cliente NFS.

Por simplicidade, normalmente crio uma partição única de 2GB para uma instalação experimental ou secundária de Linux. Opcionalmente, compartilho a partição de troca (swap) e a partição /tmp para estas instalações. Um esquema multipartição também é usado nestes casos. Se é necessário apenas um simples sistema console, 500MB pode ser mais do que suficiente.


3.1.12 Guia sobre memória DRAM

O que se segue é um guia grosseiro sobre DRAM.

       4MB:  Mínimo para o kernel Linux funcionar.
      16MB:  Mínimo para um sistema console razoável.
      32MB:  Mínimo para um sistema X simples.
      64MB:  Mínimo para o sistema X com GNOME/KDE.
     128MB:  Confortável para o sistema X com GNOME/KDE.
     256MB:  Por que não se você pode se dar ao luxo disto? DRAM é barata.

Usando a opção de inicialização mem=4m (ou lilo append="mem=4m") mostrará como o sistema funcionaria com 4MB de memória instalada. É necessário o parâmetro de inicialização do lilo para sistemas que contém mais do que 64 MB de memória e um BIOS antigo.


3.1.13 Espaço de troca (swap)

Eu uso o seguinte guia para o espaço de troca:

Mesmo que você nunca precise disto, algum espaço de troca (128MB) é desejável pois assim o sistema ficará lento antes de congelar com um programa que consuma a memória.


3.2 Configuração do bash

Eu modifico os scripts shell de inicialização a meu gosto no sistema:

     /etc/bash.bashrc        Utilize sua cópia privada
     /etc/profile            Mantenha a cópia da distribuição ( \w -> \W)
     /etc/skel/.bashrc       Utilize sua cópia privada
     /etc/skel/.profile      Utilize sua cópia privada
     /etc/skel/.bash_profile Utilize sua cópia privada
     ~/.bashrc               Utilize sua cópia privada para todas as contas
     ~/.profile              Utilize sua cópia privada para todas as contas
     ~/.bash_profile         Utilize sua cópia privada para todas as contas

Veja detalhes nos meus scripts de exemplo. Gosto de um sistema transparente, por isto configuro umask para 002 ou 022.

PATH é configurado pelos seguintes arquivos de configuração, nesta ordem:

     /etc/login.defs  - antes o shell configura PATH
     /etc/profile     (pode chamar /etc/bash.bashrc)
     ~/.bash_profile  (pode chamar ~/.bashrc)

3.3 Configuração do mouse


3.3.1 Mouses PS/2

No caso de um mouse com conector do tipo PS/2 em uma placa mãe ATX, o fluxo do sinal deveria ser:

     mouse -> /dev/psaux -> gpm -> /dev/gpmdata = /dev/mouse -> X

Aqui, um link simbólico para /dev/mouse é criado e aponta para /dev/gpmdata para tornar alguns utilitários de configuração felizes e mais a reconfiguração mais fácil. (Por exemplo, se você decide não usar o daemon gpm, apenas aponte o link simbólico /dev/mouse para /dev/psaux após livrar-se do daemon gpm.)

Este fluxo de sinal permite que o teclado e o mouse sejam desplugados e reinicializados com o gpm sendo rodado novamente na reconexão. O X permanecerá vivo!

O protocolo do fluxo de sinal entre a saída do gpm e a entrada do X pode ser implementado de dois modos, mutuamente exclusivos, como "ms3" (usa o protocolo Microsoft 3-button serial mouse) ou "raw" (usa o mesmo protocolo do mouse que está conectado), e esta escolha determina a escolha do protocolo usado na configuração do X.

Abaixo, mostrarei os exemplos de configuração usando um mouse Logitech 3-button (mouse Unix-style tradicional) PS/2 como modelo.

Se você é um dos desafortunados cuja placa de vídeo não é suportada pelo novo X4 e precisa usar o antigo X3 (algumas placas ATI 64 bit), configure /etc/X11/X86Config ao invés de /etc/X11/X86Config-4 nos exemplos a seguir e instale os pacotes X3.


3.3.1.1 A perspectiva do protocolo ms3

     /etc/gpm.conf            | /etc/X11/X86Config-4
     =========================+======================================
     device=/dev/psaux        | Section "InputDevice"
     responsiveness=          |  Identifier "Configured Mouse"
     repeat_type=ms3          |  Driver     "mouse"
     type=autops2             |  Option     "CorePointer"
     append=""                |  Option     "Device"   "/dev/mouse"
     sample_rate=             |  Option     "Protocol" "IntelliMouse"
                              | EndSection

Se esta perspectiva é usada, o ajuste do tipo de mouse é feito apenas editando gpm.conf e a configuração do X permanece a mesma. Veja meus scripts de exemplo.


3.3.1.2 A perspectiva do protocolo raw

     /etc/gpm.conf            | /etc/X11/X86Config-4
     =========================+======================================
     device=/dev/psaux        | Section "InputDevice"
     responsiveness=          |  Identifier "Configured Mouse"
     repeat_type=raw          |  Driver     "mouse"
     type=autops2             |  Option     "CorePointer"
     append=""                |  Option     "Device"   "/dev/mouse"
     sample_rate=             |  Option     "Protocol" "MouseManPlusPS/2"
                              | EndSection

Se esta perspectiva é usada, o ajuste do tipo de mouse é feito editando gpm.conf assim como ajustando a configuração do X.


3.3.1.3 Como ajustar um mice diferente

O tipo de dispositivo do gpm autops2 provavelmente autodetecta muitos dos mouses PS/2 no mercado. Infelizmente, nem sempre funciona e não está disponível nas versões pré-Woody. Para tais casos, tente usar ps2, ou imps2 em gpm.conf ao invés de autops2. Para descobrir quais tipos de mouse o gpm reconhece: gpm -t help. Veja gpm(8).

Se um mouse PS/2 de 2 botões é usado, configure o X para habilitar Emulate3Buttons. A diferença de protocolo entre o mouse de 2 botões e o mouse de 3 botões é autodetectada a auto-ajustada para o gpm após apertar o botão central uma vez.

Para o protocolo X com A perspectiva do protocolo raw, Seção 3.3.1.2 ou com gpm, use:

Veja mais em Suporte a Mouse no XFree86.

Sab-se que mouses de rolagem Microsoft típicos funcionam melhor com:

     /etc/gpm.conf            | /etc/X11/X86Config-4
     =========================+======================================
     device=/dev/psaux        | Section "InputDevice"
     responsiveness=          |  Identifier "Configured Mouse"
     repeat_type=raw          |  Driver     "mouse"
     type=autops2             |  Option     "CorePointer"
     append=""                |  Option     "Device"   "/dev/mouse"
     sample_rate=             |  Option     "Protocol" "IMPS/2"
                              |  Option     "Buttons" "5"
                              |  Option  "ZAxisMapping" "4 5"
                              | EndSection

Para alguns pequenos portáteis Toshiba novos, ativar gpm antes do PCMCIA no script de inicialização System-V pode ajudar a prevenir o travamento do sistema. Estranho mas verdadeiro.


3.3.2 Mouses USB

Certifique-se que você tem todas as funções do kernel necessárias ativadas através de configurações feitas durante a compilação do kernel ou em módulos:

Aqui, nomes em minúsculas são nomes de módulos.

Se você não está usando dvfs, crie um dispositivo nó (node) /dev/input/mice com major 13 e minor 63 como se segue:

     # cd /dev
     # mkdir input
     # mknod input/mice c 13 63

Para mouses USB com roda típicos, as combinações de configuração deveriam ser:

     /etc/gpm.conf            | /etc/X11/X86Config-4
     =========================+======================================
     device=/dev/input/mice   | Section "InputDevice"
     responsiveness=          |  Identifier "Generic Mouse"
     repeat_type=raw          |  Driver     "mouse"
     type=autops2             |  Option     "SendCoreEvents" "true"
     append=""                |  Option     "Device"   "/dev/input/mice"
     sample_rate=             |  Option     "Protocol" "IMPS/2"
                              |  Option     "Buttons" "5"
                              |  Option  "ZAxisMapping" "4 5"
                              | EndSection

Veja o Linux USB Project para mais informações.


3.3.3 Touch pad

Apesar de o touch pad no computador laptop emular um mouse de 2 botões PS/2 como seu comportamento padrão, o pacote tpconfig possibilita controle total do dispositivo. Por exemplo, configurando OPTIONS="--tapmode=0" no arquivo /etc/default/tpconfig, desabilita-se o incômodo comportamento de "clique por batida leve". Configure o arquivo /etc/gpm.conf como a seguir para usar tanto o touch pad como o mouse USB externo no console:

     device=/dev/psaux
     responsiveness=
     repeat_type=ms3
     type=autops2
     append="-M -m /dev/input/mice -t autops2"
     sample_rate=

3.4 Configuração de NFS

Habilite NFS configurando /etc/exports.

     # echo "/ *.domainname-for-lan-hosts(rw,no_root_squash,nohide)" \
             >> /etc/exports

Veja meus scripts de exemplo para detalhes.


3.5 Configuração do Samba

Referências:

Configurar o Samba com modo "share" é muito mais fácil pois este cria discos compartilhados tipo WfW. Mas é preferível configurá-lo com mode "ser".

O Samba pode ser configurado através de debconf ou vi:

     # dpkg-reconfigure --priority=low samba # em Woody
     # vi /etc/samba/smb.conf

Veja meus scripts de exemplo para detalhes.

Pode-se adicionar um novo usuário ao arquivo smbpasswd via smbpasswd:

     $su -c "smbpasswd -a username"

Certifique-se de usar senhas criptografadas para uma compatibilidade excelente.

Configure os level de acordo com o seguinte sistema de equivalências (maior o número, maior a prioridade como servidor):

     0:      Samba com uma atitude folgada (nunca se tornará um navegador
     mestre) 
     1:      Wfw 3.1, Win95, Win98, Win/me?
     16:     Win NT WS 3.51
     17:     Win NT WS 4.0
     32:     Win NT SVR 3.51
     33:     Win NT SVR 4.0
     255:    Samba com enorme poder

Certifique-se de que usuários sejam membros do grupo dono do diretório que deu acesso compartilhado e que o caminho do diretório tenha seu bit de execução configurado para acesso.


3.6 Configuração da Impressora

O método tradicional é lpr/lpd. Há um novo sistema: CUPS™ (Common UNIX Printing System). PDQ é outra opção. Veja Linux Printing HOWTO para mais informações.


3.6.1 lpr/lpd

Para os spoolers do tipo lpr/lpd (lpr, lprng, e gnulpr), configure /etc/printcap como se segue, deste que conectado a um impressora PostScript ou somente texto (o básico):

     lp|alias:\
             :sd=/var/spool/lpd/lp:\
             :mx#0:\
             :sh:\
             :lp=/dev/lp0:

Significado das linhas acima:

Esta é uma boa configuração se você está conectado a uma impressora PostScript. Além disto, quando imprimir a partir de uma máquina Windows através do Samba, esta é uma boa configuração para qualquer impressora suportada por Windows (nenhuma comunicação bidirecional é suportada). Você tem d e selecionar a configuração da impressora correspondente na máquina Windows.

Se você não tem uma impressora PostScript, você precisa configurar um sistema de filtros usando gs. Há várias ferramentas para autoconfiguração com a finalidade de configurar /etc/printcap. Quaisquer destas combinações é uma opção:

Para rodar uma ferramenta de configuração GUI, tal como printtool, veja Obtendo root no X, Seção 9.4.12 para obter privilégios de root. Impressoras spools criadas com printtool usam gs e agem como impressoras PostScript. Assim, quando as acessar, use drivers de impressora PostScript. Na perspectiva do Windows, "Apple LaserWriter" é o único padrão.


3.6.2 CUPS™

Instale o Sistema de Impressão Comum UNIX (Common UNIX Printing System) (ou CUPS™): # apt-get install cupsys cupsys-bsd cupsys-client cupsys-driver-gimpprint # apt-get install foomatic-db-engine foomatic-db-hpijs # apt-get install foomatic-filters-ppds foomatic-gui


Então configure o sistema usando qualquer navegador web:

     $ meunavegador http://localhost:631

Por exemplo, para adicionar sua impressora em alguma porta à lista de impressoras acessíveis:

Mais informação em http://localhost:631/documentation.html e http://www.cups.org/cups-help.html.

Para um kernel 2.4, veja também Suporte a porta paralela, Seção 7.2.6.


3.7 Outras dicas de instalação no host


3.7.1 Instalar mais alguns pacotes após a instalação inicial

Desde que você já o tenha feito, já terá um pequeno mas funcional sistema Debian. É um bom momento para instalar pacotes maiores.

Normalmente, eu edito /etc/inittab para desligar facilmente.

     ...
     # O que fazer quando CTRL-ALT-DEL é pressionado.
     ca:12345:ctrlaltdel:/sbin/shutdown -t1 -a -h now
     ...

3.7.2 Módulos

Módulos para os gerenciadores de dispositivo são configurados durante a instalação inicial. Posteriormente modconf oferece um modo de configuração dos módulos que é gerenciado por menus. Este programa é muito útil quando alguns módulos foram esquecidos na instalação inicial ou um novo kernel foi instalado após esta.

O nome dos módulos pré-carregados devem ser listados em /etc/modules. Eu também uso lsmod e depmod para controlá-los manualmente.

Certifique-se, também de adicionar algumas linhas em /etc/modules para lidar com mascaramento de IP (FTP, etc.) em kernels 2.4. Veja O kernel 2.4 modularizado, Seção 7.2, especificamente Função de rede, Seção 7.2.3.


3.7.3 Configuração básica de CD-RW

Edite os seguintes arquivos:

     /etc/lilo.conf  (adicione append="hdc=ide-scsi ignore=hdc", 
                      rode lilo para ativar)
     /dev/cdrom      (symlink # cd /dev; ln -sf scd0 cdrom)
     /etc/modules    (adicione "ide-scsi" e "sg". Se necessário, "sr" após 
                     isto.)

Veja Gravadores de CD, Seção 9.3 para detalhes.


3.7.4 Memória grande e autodesligamento

Edite o /etc/lilo.conf como se segue para configurar os parâmetros de inicialização para memória grande (para kernels 2.2) e autodesligamento (para APM):

     append="mem=128M apm=on apm=power-off noapic"

Rode o lilo para instalar estas configurações. apm=power-off é necessário para um kernel SMP e noapic, para evitar problemas com meu hardware SMP cheio de bugs. O mesmo pode ser feito diretamente, inserindo as opções no prompt de inicialização. Veja Outros truques de inicialização com o prompt de inicialização, Seção 8.1.5.

Se o APM está compilado como um módulo, como nos kernels 2.4 padrão da Debian, rode insmod apm power_off=1 após a inicialização ou configure /etc/modules com:

     # echo "apm power_off=1" >>/etc/modules

Alternativamente, ao compilar suporte a ACPI obtém-se o mesmo resultado com kernels mais novos e parece ser mais SMP-amigável (isto requer uma placa mãe mais nova). O kernel 2.4 em placas mãe mais novas detecta corretamente grandes memórias.

     CONFIG_PM=y
     CONFIG_ACPI=y
     ...
     CONFIG_ACPI_BUSMGR=m
     CONFIG_ACPI_SYS=m

e adicione as seguintes linhas em /etc/modules nesta ordem:

     ospm_busmgr
     ospm_system

Ou recompile o kernel com todas as opções acima configuradas como "y". De qualquer maneira, nenhum destes parâmetros de inicialização são necessários com ACPI.


3.7.5 Estranhos problemas de acesso a alguns websites

Kernels linux mais novos habilitam ECN por padrão (default), o que pode causar problemas de acesso em alguns websites com roteadores ruins. Para checar o status ECN:

     # cat /proc/sys/net/ipv4/tcp_ecn
      ... ou
     # sysctl net.ipv4.tcp_ecn

Para desabilitá-lo, use:

     # echo "0" > /proc/sys/net/ipv4/tcp_ecn
      ... ou
     # sysctl -w net.ipv4.tcp_ecn=0

Para desabilitar TCP ECN em toda inicialização, edite /etc/sysctl.conf e adicione:

     net.ipv4.tcp_ecn = 0

3.7.6 Configuração Dialup PPP

Instale o pacote pppconfig para configurar o acesso dial-up PPP.

     # apt-get install pppconfig
     # pppconfig
      ... siga as instruções para configurar dialup PPP
     # adduser nome_usuario dip
      ... permita que nome_usuario acesse dialup PPP

Acesso dialup PPP pode ser iniciado pelo usuário (nome_usuario):

     $ pon nome_ISP  # inicia o acesso PPP a seu ISP
      ... navegue na Internet
     $ poff nome_ISP # encerra o acesso PPP, nome_ISP opcional

Veja /usr/share/doc/ppp/README.Debian.gz para mais detalhes.

Alternativamente, o pacote wvdial pode ser usado para configurar o acesso dialup PPP. Por favor, note que há um bug http://bugs.debian.org/82095 bem conhecido, que algumas vezes impede que usuários não-root façam a discagem (dialing).

Todos os discadores (dialers) usam o daemon pppd, que inicia os programas encontrados em /etc/ppp/ip-up.d/ ou /etc/ppp/ip-down.d depois de conectar ou desconectar. Isso é usado para receber e enviar mensagens.


3.7.7 Outros arquivos de configuração para fuçar em /etc/

Você pode querer adicionar um arquivo /etc/cron.deny que não venha na instalação da distribuição Debian padrão (você pode copiar /etc/at.deny).


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Referência Debian

CVS, Seg Abr 3 22:58:08 UTC 2005

Osamu Aoki osamu@debian.org
Paulo Rogério Ormenese (líder: pt-br) pormenese@uol.com.br
Autores, Seção A.1